• 29 AGO 21

    Economia brasileira deve se recuperar em 2021, mas desacelerar em 2022, diz economista

    Para Marcos Mollica, gestor do Opportunity Total, 2022 traz preocupações que podem impactar economia negativamente

    Bruno Villas Bôas, Cícero Cotrim, Guilherme Bianchini e Thaís Barcellos, O Estado de S.Paulo


    No entanto, para o ano que vem, as previsões são menos otimistas. É essa a opinião de Marcos Mollica, gestor do Opportunity Total. Em entrevista à CNN, o economista afirmou que o ano que vem traz algumas preocupações — que devem desacelerar a economia.

    “Todos os riscos fazem com que tenhamos uma postura mais cautelosa. Eu chamaria a atenção para o aumento dos juros, necessário para conter a inflação. O Banco Central vai ser forçado, neste ano, a passar a Selic para patamares mais restritivos. Com isso, ficamos mais cautelosos com o cenário do ano que vem”, diz. “O Produto Interno Bruto (PIB) deve desacelerar em 2022, e, fora isso, você ainda tem toda a incerteza que vem com um ano eleitoral”, continua.

    Segundo a previsão do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o PIB do Brasil deverá ficar praticamente estável no segundo trimestre deste ano, com crescimento de 0,1% frente aos três meses anteriores, pela série dessazonalizada. No último documento sobre a atividade econômica, o Ipea previa alta de 0,2% do PIB no segundo trimestre.

    Para 2021 e 2022, os pesquisadores projetam um crescimento de 4,8% e 2% do PIB, respectivamente, mantendo a previsão feita em junho passado.

    “A economia deve desacelerar no ano que vem. Vamos passar por um período ruim e ainda demora vários meses para voltarmos para um patamar anterior à pandemia”, diz.

    Para Mollica, “a inflação é o fator mais preocupante e precisamos prestar bastante atenção nos próximos meses”.