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SET 21
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Opportunity: De longo prazo eles entendem

Gestoras Icatu | Por blogicatu

São 27 anos de história – e muitas histórias sobre o mercado financeiro para contar. Para conhecer melhor o Opportunity, e o fundo multimercado criado em parceria com a Icatu, conversamos com dois de seus executivos, Gabriella Bouquerel e Marcos Mollica.

Eles contam por que consideram o Opportunity Icatu Previdência uma das melhores opções entre os 125 fundos oferecidos pela seguradora a clientes PGBL e VGBL.

Como tudo começou

O ano, 1994. O Brasil começava a dizer adeus à hiperinflação, depois do lançamento do Plano Real. No mesmo ano, surgia uma das primeiras gestoras independentes do Brasil, o Opportunity – criado por Daniel Dantas (ex-Icatu), Veronica Dantas e Dorio Ferman.

“Começamos com um DNA bem forte de ações, mas três anos depois iniciamos a gestão de fundos multimercado”, contou Gabriella Bouquerel, responsável pela área de Produtos e Relação com Investidores no Opportunity.

Ela lembrou que aos 27 anos de história da gestora ainda se somam as décadas de experiência de um de seus fundadores com o mercado de ações: “O fato de o Dorio, que é o nosso CIO [head de investimentos], ter mais de 50 anos de experiência, faz muita diferença.”

Sócio-fundador do Opportunity, Dorio já investia na bolsa nos anos 1970, quando esse tipo de investimento ainda não era comum no Brasil. “Ao longo desses 50 anos, o mercado mudou muito. A gente enfrentou várias crises, e ele teve a capacidade de enfrentar todas elas de cabeça aberta, com flexibilidade”, reconheceu Gabriella.

A executiva contou que o Opportunity tem hoje mais de R$ 69,9 bilhões sob gestão, distribuídos pelas áreas de Asset Management, Wealth Management, Investimentos Imobiliários e Private Equity. “Se você considerar só a parte de investimentos em fundos de ações, nós somos os maiores”, acrescentou.

Previdência com alocação dinâmica

Junto com a Icatu, eles criaram o Opportunity Icatu Previdência, um multimercado macro que neste mês de setembro completa três anos de existência. Desde o seu início, o fundo rendeu expressivos 24,21% – ou 194,72% do CDI, seu benchmark.

O Opportunity Icatu Previdência busca replicar ao máximo a gestão (e obviamente os resultados) do fundo Opportunity Total, que desde a sua criação, em 2003, teve rentabilidade de 976,17%. No mesmo período, o CDI rendeu 565,36%. “Temos uma experiência e vivência de crise muito grandes. Esse fundo tem bastante flexibilidade de atuação”, destacou Gabriella.

Quem investe nesse fundo de previdência passa a contar com alocação dinâmica em busca das melhores oportunidades de investimento, em ativos como juros, ações e moeda estrangeira, por exemplo.

Tudo vai depender do cenário macroeconômico, já que esse nosso produto em parceria com a Opportunity é um fundo macro, explicou Marcos Mollica, o responsável pelos fundos multimercados da gestora.

Em seu perfil em uma rede social, Mollica está ao lado do economista Milton Friedman, principal nome da famosa Escola de Chicago – onde o gestor da Opportunity estudou e se tornou PhD em economia.

Experiência é vantagem

Assim como Gabriella, ele também acredita que os anos de experiência acumulada são importantes para a tomada de decisão no dia a dia e para garantir a performance dos investimentos: “Estou no mercado desde 1996. Então, já passamos por todas as crises que você possa imaginar: crise da Ásia, da Rússia, do Brasil, da Argentina, da Nasdaq, subprime... Cada crise tem a sua peculiaridade.”

E por que as crises seriam tão necessárias para um gestor? “Experiência de crise é importante para você não entrar na emoção do momento. É fundamental também para você achar as oportunidades que aparecem. Numa crise, muitas carteiras são liquidadas forçadamente. Experiência e capacidade analítica são fundamentais”, completou.

Segundo ele, o longo prazo também seria importante para o investidor avaliar, por exemplo, como os fundos do Opportunity se saíram em momentos de grande estresse no mercado: “Por serem mais antigos, temos a vantagem de poder mostrar como os nossos fundos performaram em situações mais adversas. Uma coisa é você falar que pode acontecer. Outra é mostrar que já aconteceu e como você conseguiu se recuperar. Já tivemos várias experiências de crises na nossa existência”.

Pandemia acelerou integração de times

Com equipes em São Paulo e no Rio de Janeiro, o Opportunity ensaiava uma aproximação maior dos gestores, separados por mais de 400 quilômetros, quando um cisne negro apareceu: a pandemia — e praticamente todas as empresas tiveram de adotar ferramentas de videoconferência e trabalho remoto.

Foi quando a “ponte-aérea” do Opportunity decolou. “A pandemia foi um aprendizado. A gente percebeu que, apesar da distância, com tecnologia você consegue superar isso. Estamos em contato permanente, temos reuniões intensas, quase que diárias. A gente ganhou em produtividade”, avaliou Mollica.

Cenário interno destoa do exterior

Durante a conversa, aproveitamos para saber como ele via o cenário econômico. Para o gestor do Opportunity, existe uma dicotomia entre o cenário local, um tanto pessimista, e o internacional, otimista.

“No global, a gente está otimista. A vacinação foi muito bem-sucedida, está se mostrando muito eficiente para conter uma nova onda da variante Delta. As economias estão reabrindo de forma consistente. O crescimento continua sólido, sobretudo nos Estados Unidos e na Europa. Então, estamos com um cenário internacional otimista, embora mais cautelosos com a Ásia, porque o governo chinês está intervindo pesadamente na economia”, explicou.

Como os fundos multimercado da Opportunity também investem em ativos internacionais, a análise macroeconômica não pode ficar restrita às nossas fronteiras, afirmou Mollica. “A gente sempre olha de cima para baixo. Não queremos ter o viés de gestor local, o chamado home bias, de ficar olhando só o Brasil. Hoje, o Brasil é uma pontinha no universo de investimento de um fundo multimercado.”

No Brasil, cautela

Recentemente, o PIB do segundo trimestre foi divulgado. A retração de 0,1% é mais uma má notícia que se soma à inflação e Taxa Selic em alta. Um cenário, portanto, bastante desafiador.

“Era para a gente estar surfando em uma onda de melhora bastante expressiva, mas o cenário político está bem conturbado, e estamos nos aproximando de uma eleição que está se mostrando bem disputada. Paralelamente a isso, estamos vendo uma alta expressiva da inflação, que está levando o Banco Central a implementar uma política monetária bastante restritiva”, observou Mollica, preocupado também com a crise hídrica, que pode ser bastante prejudicial para a nossa economia.

Ele continuou sua análise: “Com relação ao crescimento ano que vem, a gente vem esperando uma desaceleração. A previsão do PIB está perto de 1%. É uma desaceleração muito forte, o que deixa a economia em descompasso com a economia internacional. Por isso, também os ativos brasileiros vêm sofrendo mais. Do ponto de vista da gestão, isso implica ter opções mais defensivas no Brasil”.

Como chegamos até aqui

Crises e desafios econômicos à parte, o fato é que em 27 anos o mercado financeiro evoluiu, avaliou Gabriella. “O que percebo é que hoje o investidor tem muito mais acesso a informação e a diferentes produtos. Então, tivemos duas mudanças: a primeira é a educação financeira. A gente ainda está bem aquém do que deveria estar, mas já melhorou muito”.

E qual seria a segunda mudança? “Essa possibilidade de você poder compor um portfólio mais diversificado hoje também acaba gerando bastante aprendizado para o consumidor”, complementou.

Atualmente, com apenas R$ 100 já é possível investir em diversos tipos de fundo, o que seria impensável anos atrás. Ver o copo – ou o porquinho – meio cheio, e não meio vazio, é boa maneira de continuar olhando para o futuro de forma otimista.


Reprodução da matéria publicada no “Blog Icatu”, 16/09/2021.